domingo, 31 de julho de 2011

Lápis e Papel


Ao acordar, o sol brilhava em seu rosto. As nuvens negras que ontem o cobriam, se foram e deram espaço ao céu azul com os ventos, que antes o cortavam mas que agora o refrescam. Sua expressão já não era mais de tristeza, nem de indiferença. Era um semblante de esperança, de quem sabia que ali estava um novo dia, esperando por ele. Resolveu então se levantar, e não se importou com qual pé pisaria no chão primeiro. Tanto faz se fosse o direito ou o esquerdo, pois ambos o levariam para o caminho que ele deseja seguir. Ele via ali algo novo, uma vontade imensa de fazer a diferença. Ele percebeu o quanto ficava se preocupando com coisas mínimas, complicando o que poderia ser simples. Ele percebeu que as montanhas que teve que escalar na verdade eram pedras, as quais ele tornou tão grandes que achava que não iria passar por elas. Ele percebeu que os erros acontecem, arrependimentos não devem ser constantes e que o mais importante é se reerguer para continuar em frente. Ele imaginava que a vida era um jogo que não podia se vencer, mas ele não queria perder. Acreditava que o amor era invencível. O amor venceria tudo e todos, até mesmo ele. Porém, no outro dia, acreditava que o amor era inexistente, algo criado para provar a si mesmo de que precisa seguir em frente.

É, ele adora essas metáforas.

Mas ele pensou bem, e viu como elas eram constantes. Metáforas, metáforas, metáforas... sua vida era feita delas? , ele pensou. Então decidiu ser mais realista e evitar comparações. Não existiam montanhas, mas sim situações. E só cabia a ele lidar com elas. Cansou de ser "ele", mas não queria ser "você". Sabia que o "eu" era egoísta e não queria ficar sem o "nós". Ignorou os outros pronomes. Pegou então um pedaço de papel e começou a escrever:  "Nada melhor do que um novo dia para escrever. Nada melhor do que um novo começo para começar a viver."

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